Divulgação/PF
Terminou na quarta-feira (24) a Operação Boiúna. A ação deflagrada pela PF (Polícia Federal), em 10 de setembro, desarticulou atividades de mineração ilegal de ouro no Rio Madeira, entre os municípios de Humaitá e Manicoré, no Amazonas, além de pontos em Rondônia. A operação conduzida pelo Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI/Amazônia) resultou na destruição de 277 dragas utilizadas para a extração irregular de minerais.
No balanço parcial, divulgado em 17 de setembro, haviam sido contabilizadas 98 dragas destruídas no Amazonas e 79 em Rondônia. O relatório final não detalhou a divisão por estado. Laudos técnicos indicam que os prejuízos causados às organizações envolvidas chegam a R$ 38 milhões, somando o valor dos equipamentos, o ouro extraído ilegalmente nos últimos sete meses, os danos socioambientais acumulados e os lucros cessantes pela interrupção da atividade.
Além da repressão, equipes da PF realizaram ações sociais e ambientais em comunidades ribeirinhas. Em Manicoré, foram coletadas amostras de água, cabelo e outros materiais para verificar os efeitos do mercúrio na saúde da população. Também houve registro de protestos em Humaitá contra a destruição das dragas, que resultaram em confrontos com policiais e suspensão temporária de serviços públicos.
A Operação Boiúna integra o conjunto de medidas permanentes de combate ao garimpo ilegal na Amazônia, iniciado em 2023. A cidade de Humaitá deverá receber, até o primeiro semestre de 2026, uma delegacia especializada na repressão a crimes ambientais, que atuará de forma contínua para frear a expansão da mineração ilegal na região.
Portal SGC