Porto Velho ganha vida com o florescer dos ipês durante o período mais quente do ano

Durante o período mais quente do ano, os moradores de Porto Velho são presenteados pela natureza com um espetáculo de cores exuberantes. O florescimento dos ipês em diversos pontos da cidade cria verdadeiros refúgios de cores, contrastando com o cinza do asfalto e a monotonia das construções urbanas.

Segundo especialistas em biologia, esse fenômeno não é exclusivo de Porto Velho, sendo comum também em outras cidades do interior de Rondônia e em regiões da Amazônia. Os ipês, árvores nativas da Mata Atlântica, têm sido avistados no Cerrado e em alguns estados, como o Acre, além de ocorrerem na América do Sul.

Com alturas que podem chegar até 30 metros, os ipês desabrocham suas flores roxas ou lilás durante a época de seca, transformando a paisagem da cidade. Alguns lugares ainda são agraciados com o ipê branco, criando um cenário ainda mais diversificado e encantador.

Para que esse espetáculo se repita anualmente, é fundamental o trabalho dos animais responsáveis pela polinização, como insetos, abelhas e pássaros, que buscam o néctar das flores e, consequentemente, auxiliam na floração e disseminação do pólen.

No período chuvoso, as flores cedem espaço para o surgimento das folhas verdes, e a árvore, além de embelezar a cidade, ainda serve de alimento para alguns animais, ressaltando sua relevância ecológica.

Ao longo do tempo, os ipês têm sido atribuídos a diversas finalidades pelos seres humanos, incluindo uso ornamental e medicinal. Alguns utilizam o chá da casca do ipê para tratar certas doenças, porém os biólogos alertam para os riscos dessa prática e ressaltam a importância de preservar essa espécie.

Além de seu valor ecológico, o ipê também possui uma madeira firme e rígida, sendo utilizada na confecção de instrumentos musicais e boliches. Nas tradições indígenas, a árvore é empregada na elaboração de arcos e flechas.

Em meio à rotina urbana, o florescimento dos ipês em Porto Velho é um lembrete da beleza e diversidade da natureza que merece ser apreciada e preservada por todos.

Natália Figueiredo - SGC