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SGC TV: Locomotiva histórica da Madeira-Mamoré passa por restauração em Porto Velho

Maria Fumaça Mikado nº 18, da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, será peça central de projeto que visa recuperar trecho dos trilhos e fomentar o turismo


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Foto: Reprodução

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Um símbolo emblemático de Porto Velho está passando por um delicado processo de restauração. Trata-se da Maria Fumaça Mikado número 18, locomotiva que fez parte da lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. O trabalho está sendo realizado por técnicos da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), entidade reconhecida nacionalmente pela manutenção de trens turísticos.

A iniciativa partiu da Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer. O objetivo é transformar o Complexo Ferroviário de Porto Velho em um espaço turístico de relevância nacional, gerando oportunidades de emprego e renda. O projeto busca, ainda, aproximar novas gerações das raízes que moldaram a capital.

A restauração da locomotiva é apenas uma parte de um projeto mais amplo. Há articulações com o Ministério dos Transportes para a recuperação de um trecho da própria Ferrovia Madeira-Mamoré. A ferrovia foi construída entre 1907 e 1912 para escoar a borracha boliviana através do Rio Madeira. A obra, considerada um feito grandioso para a época, ficou conhecida como "Ferrovia do Diabo" devido às milhares de mortes de trabalhadores vítimas de doenças tropicais, sobretudo a malária.

A ação é descrita como uma demanda antiga da população local. A recuperação da Maria Fumaça número 18 é encarada não apenas como um ato de preservação, mas como um gesto de respeito à memória dos que tombaram na construção da estrada.

Porto Velho completa 111 anos no dia 2 de outubro. A expectativa é que o apito da Maria Fumaça, que um dia ecoou sobre o Rio Madeira, possa soar novamente, simbolizando uma celebração da vida, da cultura e da história da capital. O projeto visa devolver ao povo um pedaço de sua identidade e usar os trilhos do passado para guiar a cidade em novos caminhos de desenvolvimento e turismo.

Natália Figueiredo - Portal SGC

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