Rondônia

Desafios políticos e a crise climática em jogo

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Foto: Reprodução

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O apocalipse climático

A posse final de ouro, diamantes e outras riquezas salienta o possuidor, mas oculta as faces e as realidades dos escravos e outros trabalhadores que os extraíram. A biodiversidade, as riquezas naturais, a flora e a fauna amazônicas pertencem a um bloco formado por nove países, mas a ameaça de apocalipse climático obriga a humanidade a ter a floresta como patrimônio coletivo. Se no caso das pedras preciosas e metais valiosos quem os extraiu nunca é lembrado, os povos que compartilham a Amazônia precisam ser considerados em suas necessidades.

É nesse contexto que se deve compreender a declaração do governador do Amazonas, Wilson Lima, feita em evento do BID Invest, de que o mundo olha a Amazônia pela copa das árvores e nem sempre consegue enxergar as suas verdadeiras raízes - as pessoas que vivem na região.

Enxergar as necessidades dos povos amazônidas requer conhecer sua realidade e resolver seus problemas. O desmatamento descontrolado, a mineração predatória, a grilagem de terras, as desigualdades e o crime organizado se disfarçam em "progresso" e fazem pouco das necessidades dos povos. Olham as copas das árvores, solo e subsolo, sem enxergar as pessoas, como a bomba de nêutrons, que mata gente enquanto protege o patrimônio. Os povos da floresta precisam ser atendidos porque eles são a primeira garantia de proteção ao patrimônio de todos.

Fator decisivo

Os chapas brancas, liderados pelo prefeito Hildon Chaves (PSDB) e governador Marcos Rocha (União Brasil), acreditam que o apoio do presidente Jair Bolsonaro e seus filhos será decisivo em favor da candidatura Mariana Carvalho (União Brasil) para ganhar a eleição a prefeitura em Porto Velho. Não devem levar em conta, que Porto Velho não é tão bolsonarista assim, que aqui o que vale mais são as rivalidades tribais vigentes, num contexto bem diferenciado e muito dividido desde os primórdios da capital rondoniense, quando a cidade era rachada entre cutubas e pelescurtas.

As dificuldades

Acredita-se em eleições com segundo turno em Porto Velho por algumas razões: 1- Excessivo número de candidatos fracionando o eleitorado 2-Candidaturas fortes já constatadas em ascensão 3 -A base governista rachada, o grupo do vice-governador Sergio Gonçalves - que deve assumir o governo e disputar a reeleição em 2026 - não tem interesse numa vitória de Mariana, porque isto fortaleceria Hildon Chaves na peleja do CPA. 4 -Descontentes com a punhalada contra Fernando Máximo estão fechando com outros candidatos 5- Não interessa aos caciques regionais envolvidos na disputa 2026 - casos dos ex-governadores Ivo Cassol e Confúcio -a vitória de Mariana. A maioria dos oposicionistas deve se unir no segundo turno para derrubar Mariana, Hildon e Rocha que estão juntos.

Redução cogitada

A impressão que dá é que a Frente de Esquerda já se decidiu num bloco e por esta razão terá somente um candidato a prefeito na capital. Com isto teremos pelo menos três postulantes saindo do certame de outubro. Fazendo as contas daqueles que querem compor com os nomes de ponteira e aí eu cito também o deputado Marcelo Cruz (PRTB), podem sobrar apenas sete postulantes, reduzindo pela metade o número de candidatos cogitados ao final do ano passado. O fracionamento do eleitorado, mais candidaturas fortes de Leo Moraes, Euma Tourinho e o representante da Frente Democrática devem garantir um segundo turno.

Nas capitais

Nas capitais brasileiras a eleição mais acompanhada é a de São Paulo. Lá, a esquerda com Boulos (PSOL) e a direita com o atual prefeito Ricardo Nunes, vão ponteando a corrida eleitoral. Sampa já tem uma terceira via de centro, o apresentador José Luiz Datena (PSDB), além da deputada federal Tabata (PSB). Na região Norte, o bolsonarismo está em desvantagem em Rio Branco, onde o ex-petista, candidato do MDB, Marcus Guimarães vai levando vantagem em cima do representante bolsonarista, o atual prefeito Tião Bocalon (PL). Já, em Manaus polarizam a disputa os bolsonaristas Davi Almeida (Avante), atual prefeito e o deputado federal Amom Mandel (Cidadania).

Seca se agrava

A seca se agrava no vizinho estado do Acre, ainda longe do auge do verão sinalizando que a estiagem está chegando para valer na região amazônica, como previam os cientistas que tratam das mudanças climáticas. Rondônia e o Sul do Amazonas entram no mesmo pacote com ameaça até de abastecimento de água em alguns municípios que já foram seriamente atingidos no estado no ano passado. O que causa estranheza é que o Acre no início do ano vivenciou uma enchente histórica, sofrendo grandes danos econômicos. Em poucos meses a desgraceira aparece agora com uma seca dos infernos.

Via Direta

*** Agora, conforme anuncia o Dnitt a dragagem do Rio Madeira é para valer. Só não garante os reparos imediatos do terminal fluvial do Porto Cai N’Agua paralisado a quase um ano *** Os pré-candidatos à prefeitura Porto Velho estão incluindo nas suas respectivas plataformas de governança a implantação de um centro de convenções para a capital rondoniense que se ressente deste beneficio *** Também a pedido dos comerciantes e lojistas da Avenida. Sete de Setembro uma completa revitalização do centro histórico, cada vez mais decadente *** Do prometido estádio "Rochão" ninguém mais falou nada. Será que sai, ou não sai? Ou vai, ou racha!

Qual foi o ponto alto do 40º Arraial Flor do Maracujá para você?

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