Rondônia

VÍDEO:"Confiei em quem não devia" Marcos Rocha fala sobre guerra em Israel e bastidores políticos de Rondônia

Durante entrevista ao programa Fala Rondônia, do SGC, chefe do Executivo estadual narra momentos vividos em meio ao conflito no Oriente Médio


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Portal SGC - Taylor Cardoso

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Durante participação no programa Fala Rondônia, transmitido pelo Sistema Gurgacz de Comunicação (SGC), o governador de Rondônia, Marcos Rocha, falou abertamente sobre temas que têm movimentado o cenário político e administrativo do Estado. Além de comentar sua viagem recente a Israel — realizada em meio ao conflito com o Irã — o governador também abordou assuntos sensíveis como gratidão, lealdade, e as movimentações políticas que colocaram seu mandato em risco durante sua ausência.

O governador começou a entrevista reforçando que Rondônia vive um período de crescimento e desenvolvimento. Ele destacou que sua recente ida ao Oriente Médio foi motivada por interesses estratégicos para o futuro do Estado.

"Israel é uma potência em tecnologia, agricultura de precisão, segurança pública e construção hospitalar. Mesmo com desertos e limitações naturais, eles conseguem produzir maçã, cacau, leite... fomos lá aprender com quem transforma adversidade em inovação", explicou Marcos Rocha, ressaltando que a comitiva rondoniense esteve em contato direto com o presidente de Israel e empresas de tecnologia e inovação, incluindo startups responsáveis por soluções como o Waze.

Entre os temas centrais da viagem estavam segurança pública, apoio à agricultura familiar e infraestrutura hospitalar. Segundo ele, a viagem resultou em parcerias e soluções que já começam a ser implantadas em Rondônia, como o sistema de mobilidade MobRO.

No entanto, o ponto mais delicado da entrevista veio quando o apresentador Bruno Eduardo o questionou sobre o momento de tensão vivido durante o conflito em Israel. O governador relatou com firmeza que não entrou em pânico, mas teve medo — algo que considerou natural e necessário para sobreviver.

"Eu levava na mochila três litros de água, barras de proteína e até material para fazer torniquete. Alguns disseram que era exagero, mas estávamos no meio de uma guerra. O medo nos prepara. Pânico, não. Ali, mantivemos a calma e ajudamos não só brasileiros, mas também pessoas de outros países", disse.

Desabafo sobre lealdade e política interna

O governador também não poupou palavras ao comentar os bastidores políticos de Rondônia durante sua ausência. Rocha relatou que, enquanto estava em missão oficial, alguns adversários tentavam articular sua retirada do cargo.


"Se eu não voltasse em 15 dias, poderia perder o mandato. Fiquei muito decepcionado. Confiei em quem não deveria ter confiado", afirmou, agradecendo aos 20 deputados estaduais que votaram a favor de medidas para assegurar a continuidade de seu mandato.

Sem citar nomes, o governador fez críticas a políticos que, segundo ele, agem com falsidade e hipocrisia. "Tem gente que vai à igreja, chora, grita, mas é tudo encenação. Enquanto isso, quem tem fé de verdade muitas vezes ora em silêncio, de forma sincera", pontuou.

Futuro político e fé como direção

Ao final da entrevista, Marcos Rocha também indicou que deve deixar o cargo em breve para disputar uma nova eleição, reforçando que sua gestão foi entregue "nas mãos de Deus" e que o bem sempre prevalece.

"Quem tentar destruir o que pertence a Deus, vai colher o que plantou. Se fizer o bem, receberá o bem. Se fizer o mal, receberá o mal. Eu sigo firme, com minha equipe, trabalhando pelo povo de Rondônia", concluiu.

A entrevista foi ao ar na manhã desta terça-feira (1), dentro da programação do Fala Rondônia, conduzido por Bruno Eduardo, e repercutiu nas redes sociais e bastidores políticos do Estado.

Taylor Cardoso - Portal SGC

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