Rondônia

SGC TV: Mulheres negras de Rondônia cobram reparação histórica e políticas públicas em audiência histórica

Evento proposto pela deputada Claudia de Jesus lotou o plenário da Assembleia Legislativa e reuniu lideranças de todo o estado


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Foto: Reprodução/Portal SGC/Redetv!RO

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Foi um momento de voz, luta e planejamento. A audiência pública "Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver", proposta pela deputada estadual Claudia de Jesus, lotou o plenário da Assembleia Legislativa de Rondônia. Muitas participantes vieram de municípios do interior especialmente para o evento e para a Primeira Marcha das Mulheres Negras do estado.

O encontro não foi apenas simbólico, mas um espaço de cobrança concreta. Lideranças e movimentos sociais apresentaram suas demandas e discutiram de que forma o Estado e a sociedade podem promover reparações históricas efetivas, garantindo condições reais para o bem viver e o enfrentamento ao racismo estrutural.

Em seu discurso, a deputada proponente, Claudia de Jesus, destacou a importância do evento como um espaço de escuta. "Primeiramente, ouvi-las. Esse é o principal objetivo de hoje: ouvir as demandas, as reivindicações e as necessidades das mulheres negras de Rondônia para que possamos transformar em políticas públicas efetivas", afirmou.

Rosa Negra Ferreira, coordenadora do Movimento Negro Unificado Brasileiro, enfatizou o caráter inédito da iniciativa no estado. "Essa audiência é um marco. É a primeira vez que o Movimento Negro, através de suas mulheres, consegue ocupar este espaço para falar de reparação histórica e do bem viver da população negra do estado de Rondônia", declarou.

A marcha realizada nas ruas é descrita como o ponto de partida visível de uma longa caminhada por equidade. A mobilização agora pressiona os órgãos públicos para transformar as reivindicações discutidas no plenário em ações concretas. Segundo Rosa Negra, a marcha simboliza a luta contínua. "A marcha é a continuidade de uma luta histórica. É para mostrar que nós, mulheres negras, estamos organizadas e em movimento permanente pela garantia de nossos direitos e por um projeto de bem viver", concluiu.

A travessia coletiva, longe de terminar, ganha novo fôlego com a audiência, que serve como um catalisador para as demandas por reparação e equidade no estado.

Natália Figueiredo - Portal SGC

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