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O sistema prisional de Rondônia foi reconhecido pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) com o Selo Resgata, concedido a estados que desenvolvem boas práticas voltadas para a reintegração de reeducandos. Com 69,77% dos internos inseridos em atividades laborais, Rondônia ocupa o 2º lugar no Brasil em percentual de participação nesse tipo de programa, índice que tem atraído outros estados a conhecerem as iniciativas aplicadas no sistema prisional local.
"Hoje nós temos 59 termos de cooperação com municípios e com estados, que utilizam essa mão de obra em diversas áreas, desde a limpeza, conservação, construção e reforma de espaços públicos. Então a gente utiliza a mão de obra nessas áreas", explicou Fabio Recalde, gerente de Reinserção.
De acordo com o governo estadual, os investimentos em qualificação profissional, oportunidades de trabalho para reeducandos, capacitação de servidores e melhorias na infraestrutura das unidades prisionais fortalecem um ambiente mais favorável à ressocialização. Os internos participam do programa Trabalhando Certo, que prevê a redução de um dia de pena a cada três dias de trabalho executados.
"Dentro do programa Trabalhando Certo, nessas parcerias que a gente tem hoje com estados e municípios, nós temos em torno de 1,5 mil presos incluídos. Esses presos são remunerados. Recebem um salário e 25% do que eles recebem retorna para o estado, que investe em outras políticas de reinserção", afirmou Recalde.
A Secretaria de Justiça também destaca a necessidade de atenção ao período pós-cumprimento de pena. O desafio é ampliar a inserção dos egressos no mercado de trabalho. A pasta ressalta que empresários e sociedade precisam enxergar essas pessoas de outra forma, oferecendo a elas uma segunda chance.
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