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"No ar mais um episódio do podcast Põe na Bancada, o programa que traz informação sem filtro, com dados e uma pitada de provocação para gerar o debate", abriu o apresentador Roberto Sobrinho. No episódio "Vozes da Noite - Músicos que Fazem Porto Velho Cantar", o programa assumiu um tom mais leve para apresentar artistas que, no dia a dia, encantam e sensibilizam o público da cidade.
Logo de início, Roberto apresentou os convidados: "Nós convidamos aqui a Gual, o Artur Eba e o Alan Rammos." Cada um contou sua trajetória. Gual destacou a veia artística familiar: "Minha mãe era cantora… além dos trabalhos solos, faço parte do grupo vocal Cantador e do coral cênico Canto Livre do MP." Alan Rammos, nascido e criado em Porto Velho, lembrou a virada de bastidor para os palcos: "Trabalhei como preparador vocal… foi na pandemia que comecei a me conectar com a minha arte e, quando flexibilizou, comecei a cantar nos bares da cidade." Artur Eba narrou a influência de casa: "Sou filho de Baribu Nonata… cresci no meio do movimento madeirista… aos 14 já me apresentava." O episódio também deu espaço à música autoral e às interpretações marcantes dos convidados, com pequenos trechos ao vivo que ajudaram a "mostrar para o que eles vieram", como disse Roberto no ar.
O episódio também contou com a participação especial do músico Dani Martins, que acompanhou os artistas ao violão e deu o tom das interpretações ao longo do programa. Sua presença trouxe unidade, sutileza e uma sonoridade que reforçou o clima intimista e vibrante das apresentações.

Bastidores da noite e o vínculo com o público
No segundo bloco, os três falaram sobre rotina, leitura de plateia e o lado humano do ofício. "É sobre conexão", resumiu Artur, que busca mostrar a vida "in natura, sem tanta máscara" também nas redes. Alan Rammos lembrou que músicos "são empreendedores de si mesmos", lidando com agenda, marketing e finanças. Já Gual relatou episódios de pedidos insistentes e a importância de manter a identidade: "Hoje o show é da Gual… eu toco MPB, samba e o que vier no coração pra cantar."
Perguntados sobre repertório, houve convergência: identidade conta, mas adaptação ao ambiente (restaurante, bar, festa) é decisiva. Alan resumiu a ética do palco: "Eu bato o pé, educadamente, quando me pedem um ritmo que eu não sei… mas, se der, trago pra minha identidade." Gual completou: às vezes é "se adaptar ao público" sem perder quem se é. Artur destacou o termômetro mais sincero: "Quando o funcionário do estabelecimento tá curtindo o teu som… é o melhor feedback."
Sonhos, formação e união da cena
No terceiro bloco, emergiram temas de formação, futuro e sonhos. Alan Rammos, profissional de saúde, disse que sua meta é ser relevante: "Com a minha arte, quero transmitir o mais sincero… marcar a vida de pessoas." Gual reforçou o propósito: "Tocar as pessoas com o que eu faço… participar de momentos especiais como casamentos." Artur refletiu sobre pertencer a uma rede e o desejo de que a arte alcance e faça diferença na vida das pessoas.
Houve também espaço para uma autocrítica do meio e para o compromisso com união entre os músicos. Artur foi direto: "A gente precisa se apoiar." Gual citou casos de concorrência desleal, mas afirmou ver mais união do que antes. Alan arrematou com prática diária: indicar colegas quando não pode atender e falar abertamente sobre cachê para "não prostituir a música."
Encerramento
O episódio terminou em tom de celebração, com os três cantando juntos. Ficou no ar o verso que virou síntese de resistência da noite portovelhense: "Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro." "Esses jovens artistas mostram que a música da noite também é resistência, cultura e alegria", concluiu Roberto Sobrinho.
Serviço
Programa: Põe na Bancada - Vozes da Noite: Músicos que Fazem Porto Velho Cantar
Apresentação: Roberto Sobrinho
Participações: Alan Rammos, Gual e Artur Eba
Exibição: Rede TV e TV Cultura
Plataformas: YouTube e Spotify
Assista na íntegra: https://youtu.be/UySDtirUtFg
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