A campanha Outubro Rosa, que se tornou um movimento mundial de conscientização sobre o câncer de mama, teve início nos anos 1990, nos Estados Unidos. A ação pioneira partiu da Fundação Susan G. Komen, que distribuiu laços cor-de-rosa durante uma corrida em Nova York, tornando o acessório o símbolo internacional dessa luta. Com o tempo, a iniciativa ganhou o mundo, e a iluminação de monumentos públicos na cor rosa se tornou uma de suas marcas. No Brasil, a campanha chegou em 2000, com a iluminação do Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo.
Para Odalice da Silva, chefe do Núcleo Estadual de Oncologia da Sesau, este momento representa uma oportunidade crucial de conscientizar as mulheres sobre a importância da informação na prevenção. Ela destaca a necessidade de realizar o diagnóstico precoce. O movimento global reforça que as mulheres devem cuidar da própria saúde, realizando exames periódicos e, sempre que possível, o autoexame, prática essencial para detectar possíveis sinais da doença.
Os números no estado de Rondônia evidenciam a urgência do tema. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o estado deve registrar 2,7 mil novos diagnósticos de câncer apenas neste ano. Para o triênio entre 2023 e 2025, a estimativa é de mais de 8 mil casos. Em nível nacional, a projeção é de aproximadamente 704 mil ocorrências anuais. Entre os tipos de câncer mais frequentes em Rondônia, estão:
320 casos de câncer de mama (feminino);
O câncer é uma doença de múltiplas causas, frequentemente relacionada a fatores ambientais, estilo de vida e às condições socioeconômicas da região. O envelhecimento da população brasileira também contribui para o aumento da incidência, uma vez que a maioria dos casos ocorre em idades mais avançadas.
Reconhecido internacionalmente como uma das mais importantes campanhas de saúde pública, o Outubro Rosa tem como missão principal lembrar que o cuidado com a saúde da mulher deve ser constante — e não apenas durante o mês de outubro.
Samara Santos - Portal SGC