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Na história política rondoniense, poucos vices criaram asas para seguir em frente

Confira a coluna


Assuntos humanos

Álvaro de Campos, uma das personalidades poéticas de Fernando Pessoa, dizia: "Tudo que é humano me comove". Na atualidade, tudo que é amazônico vem comovendo o mundo. Os alertas de seca mais grave, por exemplo, com profunda ressonância nos assuntos humanos.

O Censipam, ligado ao Ministério da Defesa, já avisou sobre a possibilidade de estiagem severa em 14 estações de monitoramento no período de setembro a novembro, quando os níveis dos rios podem chegar próximos da mínima histórica ou até ultrapassá-la. As bacias dos rios Madeira, Mearin, Negro, Solimões, Tapajós e Tocantins/Araguaia, locais das estações, estão avisadas para algo próximo da mãe de todas as secas, a do ano passado. No tempo e na memória, é perto demais para ignorar.

Ainda com grande ressonância sobre o futuro dos povos amazônicos, foi lançado em junho o livro "Bioeconomia para quem? Bases para um desenvolvimento sustentável na Amazônia", uma reunião magnífica de assuntos e propostas para alavancar a bioeconomia na região.

Destaque especial para recomendações sobre o fortalecimento da "cidadania amazônica" e das organizações sociais no contexto da bioeconomia autêntica e sustentável, que depende de esforços humanamente possíveis. Ler o livro não custa dinheiro nem esforço, só requer vontade. Está neste link: https://x.gd/sPvqu

Na história

Do primeiro prefeito nomeado em Porto Velho em 1917 (ainda no Estado do Amazonas) ao primeiro prefeito eleito pelo voto direto em nossa capital, já pelo estado de Rondônia em 1986, Jeronimo Garcia de Santana (PMDB), já se foram 63 anos. Da eleição do popular Bengala, um ex-guerrilheiro do MR8, goiano de. Jatai, 38 anos se passaram, e teremos neste ano de 2024, mais uma eleição para o Palácio Tancredo Neves, sede do poder executivo do município, instalado no prédio do relógio, quase na região portuária num cenário que projeta eleição em dois turnos, com a polarização já existente entre os ex-deputados Leo Moraes (Podemos) e Mariana Carvalho (União Brasil).

Poucos vices

Na história política rondoniense, poucos vices criaram asas para seguir em frente. No caso do então prefeito Tomás Correia, que assumiu no lugar de Jeronimo Santana, ele que tinha sido um brilhante deputado estadual, arruinou sua carreira política como alcaide e não se elegeu a mais nenhum cargo. Já, o então deputado federal Carlinhos Camurça, que assumiu a cadeira de Chiquilito Erse, conseguiu se reeleger, depois de uma administração eficiente. Dos prefeitos de Porto Velho só um logrou se eleger governador, caso de Jeronimo Santana. Vários outros tentaram, como Chiquilito, José Guedes, mas não tiveram sucesso.

Nova tentativa

Quando eleitos, os prefeitos de Porto Velho sempre miram alçar o Palácio Presidente Vargas, agora instalado no CPA Rio Madeira. Alguns, em condições de se eleger, caso de Roberto Sobrinho (PT), acabaram sabotados dentro do próprio partido. Sobrinho foi um dos três prefeitos reeleitos na capital, a saber: 1- Carlinhos Camurça 2-Sobrinho 3-Hildon Chaves. Tudo indica que o atual prefeito Hildon Chaves tentará um voo maior, na disputa do CPA em 2026. Uma nova tentativa que vai ganhar força se sua candidata, a ex-deputada federal Mariana Carvalho for vitoriosa nas urnas em outubro.

As composições

As convenções partidárias que começam no próximo dia 20, com a homologação da candidata do MDB, a ex-juíza Euma Tourinho, vão ratificar alianças e as composições em andamento. Com maioria de convencionais, Podemos, União Brasil, MDB não terão dificuldades em garantir as candidaturas, respectivamente de Leo Moraes, Mariana Carvalho e Euma Tourinho. Também a Frente Democrática, integrada pelo PT, PC do B, Partido Verde e PDT, já está fechada com Célio Lopes. Também não existe dúvidas a respeito da homologação de Benedito Alves (Solidariedade), Samuel Costa (Rede). A dúvida fica por conta de Vinicius Miguel (PSB).

Cotados fora

Bem cotados inicialmente, Fernando Máximo (União Brasil), Fatima Cleide (PT) e Marcelo Cruz(PRTB) acabaram fora da peleja sucessória de Hildon Chaves. Nos bastidores, os rumores são que Marcelo Cruz está se acertando com Mariana acontecendo o mesmo com Fernando Máximo, não se sabendo se será com apoio direto, ou apoiando uma candidatura para tirar votos de Leo Moraes (Podemos). A ex-senadora Fátima Cleide fechou com Celio Lopes (PDT), cujo nome foi referendado pelo diretório nacional do PT. Como se vê vem aí em torno de Mariana uma baita e poderosa coalizão, favorita para levar a melhor em primeiro turno, mas sem turno único, enfrentando um segundo turno muito difícil, possivelmente com Leo Moraes (Podemos).

Via Direta

*** Para cumprir um mandato de 30 dias, nas férias do deputado estadual Laerte Gomes (PSD), o PM Jesuíno Boabaid assumiu a função parlamentar na Assembleia Legislativa *** Pretende durante o período priorizar demandas da Policia Militar, sua principal base eleitoral, que tem alternado eleição de representantes nas últimas legislaturas *** Buscando a reabilitação política para voos maiores no futuro, os ex-deputados estaduais Hermínio Coelho e Eyder Brasil vão arriscar cadeiras na Câmara de Vereadores de Porto Velho. Dois nomes fortes na peleja *** Os prefeituraveis já estão preparando a fatiota para as convenções partidárias que começam no próximo dia 20. Sucesso a todos.

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