Pode ser muito mais
O copo meio cheio indica que a produção de peixes amazônicos vai crescer 5% em uma década. O copo meio vazio deixa claro que 5% é pouco para o imenso potencial produtivo da região. Em todo o caso, a tendência é o copo meio vazio não perder mais água e o meio cheio subir positivamente de nível a partir de interessante estudo elaborado pelo Instituto Escolhas que traz o sugestivo título de "Solução debaixo d’água: o potencial esquecido da piscicultura amazônica".
É de esperar que os especialistas, os governantes, parlamentares, empresários, investidores e sociedade em geral tratem de se debruçar sobre esse estudo, em detalhes, para superar o meio vazio com as ações necessárias para preenchê-lo. Basicamente, o que o estudo sugere é que de acordo com os fatores estruturais da atualidade a produção de peixe na região tende a passar de 175 mil toneladas para 183 mil toneladas nos próximos dez anos, mas poderia ser melhor.
A questão é como. Logo de saída, criar riquezas nas abundantes águas da região pode ser feito sem matá-las, sobretudo considerando que o cultivo de peixes nativos da Amazônia precisa de até 10 vezes menos espaço para produzir a mesma quantidade de carne que a pecuária extensiva, com suas evidentes e danosas interferências no meio ambiente. O copo vai encher à medida que novos estudos comprovarem esse valioso diferencial.
Cães de guerra
Como selvagens cães de guerra, os "contras" (assim são designados os candidatos oposicionistas na capital) começam uma briga canibalesca em busca de uma vaga no previsível segundo turno da eleição em 6 de outubro com os chapas brancas (os governistas). A brigarada oposicionista é vista com bons olhos pelos governistas porque facilita vida da postulante Mariana Carvalho (União Brasil) chegar em primeiro lugar e abrigar descontentes oposicionistas no turno seguinte. A eleição vai esquentar com pesquisas falsas, e pau no lombo dos Governistas.
Um campeonato
Assistimos, estimados caras-pálidas e aldeões, um verdadeiro campeonato dos candidatos a vereança endinheirados. Concluo que não acontece mais a conquista através de prestigio ou popularidade e sim para aqueles que tem mais dinheiro no bolso. Temos candidatos a vereadores milionários, empresários, médicos, donos de empresas de grande faturamento na disputa. Nunca as cadeiras de vereadores serão tão disputadas, vários ex-deputados estaduais estão também na peleja, casos de Eyder Brasil, Jesuino Borabaid, Hermínio Coelho, Claudio Carvalho, entre outros.
Voto útil
Ainda temos uma multidão de indecisos para o pleito na capital, fato que pode ocasionar grandes viradas nas próximas semanas na capital. Além dos indecisos, projeta-se uma fantástica abstenção do eleitorado, já que nas pesquisas vigentes se fala claramente que muita gente não vai comparecer às urnas, que os polidos são todos ladrões, etc., etc. Mas entre os que vão votar na oposição, temos pela frente ainda o voto útil, a procura pelo eleitor de um candidato que o eleitor considera o nome mais preparado e em condições de derrotar as chapas brancas que apoiam Mariana Carvalho.
Dois pelotões
Sejamos francos, temos dois pelotões de candidatos formados na busca do Prédio do Relógio, sede do governo municipal da capital. No primeiro pelotão, os quatro nomes que realmente estão disputando as duas vagas no segundo turno, que são Mariana. Leo Moraes, Célio Lopes e Euma Tourinho. Os três restantes - Samuel Costa, Benedito Alves e Ricardo Frota - estão aí para fazer barulho e tentar se eleger deputado estadual em 2026. É mais fácil galinha criar dentes do que um dos três chegar ao segundo turno. A cartomante Mana Euma já tinha razão no seu jogo de cartas, estes estão fora mesmo do páreo.
Via Direta
*** Que situação! Os clientes já estão assaltando até as garotas de programa. Até o lenocínio se tornou um ramo difícil e de risco em Porto Velho. No Cai N’Agua, nossa região portuária, cliente assim é tratado com facada no bucho *** Candidatos a vereadores de vários partidos se queixando que não tiveram acesso aos recursos do fundão eleitoral. Os Diretórios Municipais estão reservando os recursos para os dias finais de campanha *** O lençol freático na região metropolitana baixou de vez. E não temos nem água da Caerd, tampouco dos poços caseiros. Um desespero para as famílias de baixa renda.