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Desafios ambientais e políticos em Rondônia; Entre a polarização e a urgência de ação

Confira a coluna


Vergonha nacional

A oposição negacionista perdeu a maioria dos argumentos forçados com que tentava não reconhecer o aquecimento global, como também os nacionalistas viram esvaziada a ingênua pregação de que salvando a Amazônia estariam salvando o mundo. A mudança mundial de clima é real e não fantasia de "globalistas". Talvez as doses crescentes de fumaça tenham lhes tirado a trave do olho para reconhecer que se trata de um problema mundial concreto e sua solução é vital para a humanidade.

Quem tinha razão, porém, não ganha nada com isso: o barco é o mesmo e diante dos sinais de vazamento que ameaçam virar um rombo sem controle, é preciso unir esforços e deixar de lado os melindres. O governo anuncia grandes providências, mas isso também serve de fumaça atirada nos olhos da população porque o país passa muita vergonha no exterior por não ter sido capaz de unir forças para regulamentar o artigo 21 da Constituição Federal no item que trata de política pública geográfica. Coisa de chorar.

O Brasil implorou à União Europeia adiar a aplicação em dezembro do Regulamento para Produtos Livres de Desmatamento, que vai restringir a importação de produtos agropecuários originários de áreas desmatadas após 2020. O agro (e com ele o país todo) verá minguar as exportações de madeira, cacau, café, soja e carne bovina. Simplesmente um desastre, mais um na conta da polarização raivosa dos últimos anos.

Pobre Amazônia

Com o Acre, Rondônia e Amazonas vivenciando dias terrivelmente difíceis com seus rios secando, queimadas infernizando as capitais Rio Branco (Acre), Porto Velho (Rondônia) e Manaus (Amazonas), a região escala para um verdadeiro apocalipse. As florestas devastadas pelo fogo, a fumaça e a fuligem causando doenças respiratórias, o transporte de cargas padecendo com custos inacreditáveis em virtude dos bancos de areia e pedrais afundando embarcações. Ao mesmo tempo o crime organizado tomou conta do pedaço. A segurança pública vive seus piores dias.

Duas semanas

Já na contagem regressiva para a eleição de 6 de outubro, a mobilização dos candidatos a prefeitos e vereadores aumentou exponencialmente mesmo em dias com calor se aproximando dos 40 graus em Porto Velho. Todo mundo invadindo redutos de todo mundo. Tem até uma índia linguaruda, de uma tribo de Extrema, fazendo campanha no Cristal da Calama, onde existe falta crônica de abastecimento de água pela nossa desalmada Caerd metendo o pau no Hildão. Em contrapartida temos vereadores da capital fazendo campanha em União Bandeirantes, Extrema e Nova Califórnia. É a caça aos votos na reta final,

Perdendo a guerra

Com a saúde em colapso, a segurança em caos, Rondônia está perdendo a guerra contra o crime e contra as queimadas. As esferas federais e estaduais trocando acusações, num jogo de empurra sobre as responsabilidades ao invés de se unir. Ninguém se entende, é uma casa da mãe Joana em Porto Velho, em Rondônia e no País. O que causa estranheza são os institutos de pesquisas assegurando elevados índices de popularidade aos políticos. Vamos ver se é isto mesmo nas eleições municipais de 6 de outubro na região amazônica.

Calote a vista

As pobres e sofridas formiguinhas - aquelas operárias nas temporadas de eleições - que levantam as bandeirolas dos candidatos a vereadores e prefeitos pelas esquinas e nas praças mais movimentadas em Porto Velho, pelas amargas experiências anteriores, temem calote dos políticos ao final da eleição. Por enquanto estão recebendo suas diárias e promessas de emprego ou outras vantagens. Mas é mais fácil galinha criar dentes, pois a maioria dos políticos são caloteiros mesmo e a maioria esquece dos compromissos até com as gráficas onde as dividas se amontoam de pleitos anteriores.

Punhal da traição

O ex-deputado Jair Montes presidente estadual do Avante promete punir os traidores que estão apoiando candidato (a) a prefeitura de adversário a sua candidata (Mariana) na capital. Alega que a legenda distribuiu recursos do fundo eleitoral e não aceita que seus candidatos se alinhem a outros postulantes à prefeitura de Porto Velho. Nos últimos dias se vê o punhal da traição afiado em vários partidos. Se forem todos punidos, quase a metade deixará de concorrer. E tem alguns que desistem, e mediante pix recebido ainda descem o pau no candidato majoritário. A fidelidade na política está pior do que a fidelidade conjugal. Para trair, é só se coçar!

Via Direta

*** O Dnitt anunciou que manterá os serviços de dragagem no Rio Madeira, em trechos no Amazonas e Rondônia, até dezembro deste ano *** O que está atrasando mesmo são as obras no porto do Cai N’Água causando protestos de passageiros e de operários das barcaças de cargas para zona ribeirinha e para os municípios amazonenses *** Mesmo fora da atual legislatura da Assembleia Legislativa, o ex-deputado estadual Jair Montes (Avante) mantém as atividades assistenciais, desde a distribuição de agua potável nos bairros até o apoio aos vigilantes das escolas ***Muitos candidatos a vereança distribuindo cota de vinte litros de gasolina aos eleitores e promessa de emprego fantasma em órgãos públicos.

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