Colunas | Carlos Sperança

Em Porto Velho, ao Senado, por enquanto vão ponteando Hildon Chaves (PSDB) e Fernando Máximo (União Brasil)

Confira a coluna


Caminho próprio

O mundo vive tempos de indefinições. O ruidoso desmonte do Estado nos EUA e na Argentina, o fortalecimento dele na Rússia e na China e a difícil situação dos países que por longo tempo foram exemplos de um modelo confortável de Estado social-democrata na Europa causam impactos no cenário brasileiro e sobre os polarizadores internos - lulistas e bolsonaristas.

Os lulistas, em princípio, parecem mais inclinados a aceitar um modelo europeu à moda antiga, como o da Alemanha unificada de grande progresso, mas hoje em crise. Os bolsonaristas vivem a expectativa do que vai acontecer nos EUA e na Argentina, apostando na força de cada presidente para se impor aos seus respectivos Estados, em cenários ainda muito incertos.

Recentemente se viu que o crime organizado aproveita técnicas avançadas para se impor, como criar redes de túneis para exploração de ouro. Isso obriga o Estado brasileiro a se fortalecer no combate ao crime, incorporando a tecnologia ao seu arsenal.

No Carnaval, policiais disfarçados de personagens do cinema conseguiram pegar pequenos criminosos, mas para apanhar os grandes será preciso recursos ainda mais criativos e amplificados, como ocorreu na destruição de um garimpo subterrâneo pela Polícia Federal em Maués, no Leste do Amazonas. Seria um erro copiar modelos estrangeiros ou se submeter a potências do hemisfério Norte. O Brasil precisa achar seu próprio caminho.

Corrida ao Senado

Na minha primeira sondagem para as duas cadeiras ao Senado em Rondônia, exclusivamente em Porto Velho, vão ponteando a corrida o ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) e o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil). Eles estão polarizando na capital. Mas constato que não é recomendável aos dois disputarem o mesmo cargo, será prejuízo para ambos na certa. Hildão sem Máximo aumenta muito sua aceitação, o mesmo ocorrendo com Máximo sem Hildão pela frente. Para saúde dos dois o melhor é que um dispute o governo estadual e outro o Senado. Lembrando que este racha em Porto Velho beneficia os candidatos ao Senado do interior.

Capital rachada

Com a capital rachada entre Hildão e Máximo, se vê o governador Marcos Rocha (União Brasil) prejudicado em Porto Velho. Mal das pernas na capital por causa do fracasso na saúde e do caos na segurança pública, no entanto o governador desfruta de bons índices e aceitação no interior, mas na BR terá pela frente os senadores Marcos Rogério (Ji-Paraná) e Confúcio Moura (Ariquemes), além de Lucio Mosquini (saindo do MDB) na bacia Leiteira. Lembrando que Hildão, Máximo, Marcos Rogério e Confúcio também falam em disputar o governo estadual. Ou seja, não decidiram nada ainda.

Derrotas e surpresas

Pediram minha opinião a respeito das grandes derrotas e grandes surpresas nas disputas ao Senado em Rondônia. No meu entendimento, as grandes surpresas foram as eleições de Ernandes Amorim (PDT-Ariquemes) em 1994 e Fatima Cleide (PT -Porto Velho) ao Senado na primeira onda Lula. Maiores derrotas, na minha humilde avaliação, foram as de Jeronimo Santana (MDB-1982), quando foram eleitos Odacir Soares, Claudionor Roriz e Galvão Modesto (todos do PDS) e de Chiquilito Erse (PFL) em 1986, quando foram eleitos Olavo Pires e Ronaldo Aragão (MDB).

A recuperação

A curiosidade histórica destes resultados, é que Jeronimo Santana seria eleito prefeito de Porto Velho em 1985 e governador em 1986, batendo seu principal rival, Odacir Soares. Também Chiquilito Erse teria uma grande recuperação da derrota de 1986, se elegendo prefeito de Porto Velho em 1988. Outra curiosidade: ex-vereador, ex-deputado federal e ex-senador Expedito Junior foi favorito nas disputas ao governo estadual contra Confúcio e nas duas ocasiões levou pau. É descobridor de talentos e de lideranças políticas como Ivo Cassol e Hildon Chaves. É um pé de coelho a favor dos outros, e pata de coelho às avessas, quando se relaciona a ele mesmo.

Via Direta

* Nos supermercados a coisa ainda está de lascar, além do café, da carne e dos ovos. A melancia chega a R$ 70,00 a unidade. Vamos precisar importar melancias também para baratear os custos dos hortigranjeiros * Querem tirar o ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves do páreo nas eleições do ano que vem. Ter inaugurado a nova rodoviária está custando caro para o ex-mandatário, já que se pleiteia sua inelegibilidade * Algumas lideranças do PP estão se aproximando do PDT visando disputar as próximas eleições. Teremos novidades até o meio do ano ***Temos infestação de carapanãs em alguns condomínios de luxo em Porto Velho. Os bichinhos devem preferir o sangue dos riquinhos...

Carlos Sperança

PUBLICIDADE
Postagens mais lidas de Carlos Sperança
Últimas postagens de Carlos Sperança