Porto Velho (RO), 21 de Dezembro de 2024 - 13:13:53
O câncer de pulmão traz uma preocupação para a saúde pública no Brasil, contribuindo para o número de óbitos anuais. Com uma prevalência alarmante, esta neoplasia maligna é frequentemente associada ao tabagismo, tornando-se um desafio para os sistemas de saúde.
Segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), o câncer de pulmão continua a ser uma das principais causas de morte por câncer no Brasil. Estatísticas revelam que mais de 30 mil novos casos da doença foram diagnosticados em 2023, e a mortalidade associada ultrapassou a marca de 27 mil óbitos no mesmo ano.
O tabagismo permanece como o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão, sendo responsável por cerca de 85% dos casos. Além disso, a exposição à poluição do ar, substâncias químicas no ambiente de trabalho e histórico familiar desempenham um papel importante como fatores de risco.
A estratégia mais eficaz para prevenir o câncer de pulmão é a cessação do tabagismo. A implementação de campanhas educativas também é fundamental para sensibilizar a população sobre os riscos do tabagismo e da exposição a substâncias tóxicas. Promover ambientes livres de fumaça em locais públicos e privados contribui para salvaguardar a saúde de não fumantes e desencoraja o hábito do tabagismo.
Além da ênfase na prevenção primária, é importante investir em estratégias de diagnóstico precoce e tratamento eficaz. Exames de imagem, como a tomografia computadorizada de baixa dose , têm se mostrado ferramentas valiosas na detecção precoce de lesões pulmonares, potencializando as chances de tratamento bem-sucedido.
O desafio imposto pelo câncer de pulmão no Brasil exige uma abordagem abrangente, indo além da prevenção primária. O abandono do tabagismo, a conscientização pública e medidas legislativas são fundamentais e urgentes para reverter essa tendência.
A colaboração entre o governo, profissionais de saúde e a sociedade civil é importante para implementar e fortalecer estratégias de prevenção e controle do câncer de pulmão.
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Dr. Luis Eduardo Werneck
