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Rondônia em alerta: o impacto da obesidade na saúde pública

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A obesidade, uma doença crônica que impacta milhões de pessoas ao redor do mundo, é hoje um dos maiores desafios de saúde pública também em Rondônia, especialmente na capital, Porto Velho. O aumento contínuo dessa condição nas últimas décadas exige uma atenção redobrada das autoridades e da própria população. A tendência de crescimento observada nos números recentes revela um cenário alarmante, com impactos significativos não apenas na saúde física, mas também na saúde mental dos rondonianos.

De acordo com dados divulgados pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), a taxa de obesidade no Brasil vem subindo de forma constante desde 2006, quando 11,8% da população se declarou obesa. Em 2023, esse número saltou para 24,3%, demonstrando um aumento expressivo ao longo dos anos. Em Porto Velho, a realidade não é diferente.

O índice de obesidade na capital atinge 22,4% dos homens e 21,1% das mulheres, percentuais que exigem uma ação imediata das autoridades locais para conter essa crescente ameaça.

Os impactos da obesidade vão muito além do excesso de peso. Estudos do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) mostram que, em 2019, aproximadamente 12,6% das mortes no Brasil foram relacionadas ao sobrepeso e à obesidade. Essas estatísticas colocam a obesidade como uma das principais causas de morte no país, superando até mesmo algumas doenças infecciosas. Os riscos associados a essa condição são diversos, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão, que, por si só, já sobrecarregam os sistemas de saúde pública.

Além dos problemas físicos, a obesidade também traz uma série de consequências sociais e psicológicas que não podem ser ignoradas. O estigma social em torno do peso frequentemente resulta em uma sobrecarga emocional, contribuindo para o desenvolvimento de transtornos psicológicos, como depressão, ansiedade e baixa autoestima. Em Rondônia, onde o índice de obesidade cresce a passos largos, é essencial reconhecer que essa não é apenas uma questão de saúde física, mas também uma questão de saúde mental.

Diante desse cenário, o Ministério da Saúde tem reforçado a importância de ações voltadas à conscientização da população sobre os riscos da obesidade e à promoção de hábitos de vida saudáveis.

As campanhas de conscientização, porém, precisam ser acompanhadas de políticas públicas eficazes que incentivem a prática de atividades físicas regulares, o acesso a uma alimentação balanceada e a criação de espaços que favoreçam um estilo de vida saudável. Em Porto Velho, a implementação de programas de saúde comunitária, voltados à prevenção da obesidade, pode ser uma estratégia valiosa para reduzir o impacto dessa doença na população.

Diário da Amazônia

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