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Homem é perfurado na garganta e no crânio por marlim-branco

Pescador de 31 anos sobreviveu a ataque de peixe em expedição na Louisiana, nos EUA, após ser atingido pelo bico do animal


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Homem é perfurado na garganta e no crânio por marlim-branco

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Um pescador esportivo de 31 anos, morador da Louisiana, nos Estados Unidos, ficou gravemente ferido depois de ter a garganta e o crânio perfurados por um marlim-branco, peixe conhecido por ter um bico longo e pontudo.

O caso foi divulgado pelo site de notícias científicas Live Science a partir de um artigo publicado na revista Neurosurgery, do Congresso de Cirurgiões Neurológicos (CNS) dos EUA.

Durante a expedição, o pescador capturou um marlim de aproximadamente 27 kg, uma espécie que pode chegar a 82 kg. Ao se inclinar sobre a lateral do barco para soltar o anzol do peixe, o animal saltou repentinamente, acertando-o na boca com o bico afiado.

O impacto fez o homem cair de costas dentro do barco, sentindo imediatamente uma forte dor no pescoço, que logo depois se irradiou para a coluna. Ele foi levado para um hospital rapidamente, apresentando sangramento pela boca e dores intensas.

No hospital, os médicos observaram uma laceração na parte posterior da garganta, do lado direito. Inicialmente, uma radiografia da coluna cervical não revelou anormalidades. Mas como a dor na coluna e a rigidez no pescoço aumentavam, foi realizada uma tomografia computadorizada (TC).

O exame identificou um "objeto hiperdenso e em forma de cunha" alojado na garganta do paciente, que havia penetrado o canal vertebral e perfurado o forame magno — um orifício na base do crânio por onde passa a medula espinhal.

O objeto, descoberto durante a cirurgia, era a ponta quebrada do bico do marlim, medindo cerca de 3,5 cm.

Para removê-lo, o cirurgião precisou usar retratores, instrumentos que mantêm feridas abertas, e fazer uma incisão adicional acima da vértebra superior. O fragmento estava tão firmemente cravado no crânio que exigiu cuidado extremo para ser extraído pelo mesmo caminho de entrada.

Após a remoção do bico, o paciente foi tratado com cinco tipos diferentes de antibióticos para prevenir infecções, tanto por micróbios comuns na garganta quanto por bactérias típicas de ambientes marinhos.

Ele permaneceu internado por oito dias e continuou o tratamento com antibióticos por mais duas semanas após a alta. Na última consulta de acompanhamento, o pescador apresentava recuperação total, sem sintomas neurológicos persistentes.



d24am

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