Reprodução
Um menino de 8 anos foi covardemente agredido na noite do dia 4 de setembro em um condomínio localizado na avenida Constantino Nery, bairro Chapada, zona Centro-Sul de Manaus. De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO) registrado pela mãe da criança no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), o agressor seria um homem, de 49 anos. Segundo relato da mãe, o homem deu tapas na orelha do menino.
A ocorrência foi registrada como lesão corporal dolosa. No dia seguinte à agressão, a criança foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar o exame de corpo de delito.
Nos dias seguintes, o menino começou a sentir fortes dores na orelha. Levado a uma clínica especializada, ele foi diagnosticado com perfuração do tímpano, conforme laudo emitido por um otorrinolaringologista. Segundo os médicos, a lesão foi causada pelos tapas. Além da dor intensa, a orelha da criança chegou a apresentar secreção de pus.
Após a realização de exames, como audiometria, o médico prescreveu medicamentos para controle da dor e segue acompanhando o quadro clínico do menino.
O pai da criança, que preferiu não se identificar, teve acesso às câmeras de segurança do condomínio. As imagens confirmam não apenas a agressão, mas também a intimidação sofrida pela criança.
"Meu filho tenta tirar o celular dele porque não gosta de ser filmado, então ele dá um tapa no meu filho e ele cai. Aí meu filho tenta arranhar ele, só que depois ele pega outro tapa. É um adulto se comparando com uma criança", relatou o pai, visivelmente abalado.
Após o primeiro tapa, o agressor continua filmando a criança, que tenta se afastar, mas é perseguida e provocada.
"Não sei por que ele não filmou o tapa que deu no meu filho. Eles dão uma volta e ele continua filmando e instigando o meu filho", acrescentou.
A cuidadora da criança aparece nas imagens momentos depois da agressão. Ela se aproxima ao perceber a movimentação e tenta entender o que estava acontecendo. Ao chegar, vê a criança tentando se defender, arranhando o braço do agressor, que logo deixa o local.
"A Leidiane, que trabalha na casa da mãe dele, chega. Ele já começa a contar outra história pra ela, se fazendo de ‘santo’. Só que não diz que bateu no meu filho. Ele omite tudo e simplesmente vai embora", desabafou o pai.
"Trata-se de crime bárbaro e covarde. Iremos protocolar uma Representação junto à corregedoria para que esse caso não fique impune e sirva de exemplo para inibir futuras agressões", explicou o advogado criminalista Vilson Benayon.
Abalada com o episódio, a família da criança pede que as autoridades ajam com rigor e que o caso não fique impune.
D24am