Rondônia

Ji-Paraná perde a pioneira Angelita Carvalho, aos 93 anos

Angelita chegou á Rondônia no início da década dos anos 70


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A pioneira do Bairro Jardim dos Migrantes participava da Folia de Reis

Divulgação

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Natural do Estado da cidade de Brejo dos Santos, Estado do Ceará, faleceu aos 93 anos, a pioneira de Ji-Paraná, Angelita Maria Carvalho Pereira, que residia no Bairro Jardim dos Migrantes, primeiro distrito deste município. Ela veio a óbito na quinta-feira com o sepultamento ocorrido na sexta-feira, no cemitério da Saúde, segundo distrito da cidade.

De acordo com o professor e filho de coração, Carlos Reis chegou à Rondônia, mais precisamente na antiga Vila de Rondônia no ano de 199. Mãe de 21 filhos (apenas 9 estão ainda vivos), 26 netos, 16 bisnetos e 2 tataranetos. Trabalhou na zona rural ajudando o marido, também já falecido. Já em Rondônia, trabalhou como autônoma, sendo lavadeira e confeccionando tapetes. "A Conheci quando ela era lavadeira e até os quase 90 anos, ainda fazia tapete em sua máquina de costura", relatou Carlos Reis.

"Nossa amizade tinha cerca de vinte anos. Ela me chamava de filho e eu dizia a ela "eu te amo". Ou seja, é como se fosse da família biológica, embora não fosse" comentou e completou: "Dona Angelita não era minha mãe, mas sim a bisavó de minha afilhada, que também se chama Angelita".

Angelita Carvalho durante entrevista na Rádio Alvorada relatando sua história de vida (Divulgação)

Mesmo aos 93 anos, Angelita Carvalho manteve uma serenidade, atos conscientes, lucidez e sabedoria (aliás, uma de suas características era dar bons conselhos através de exemplos). Já debilitada, dada a idade e a dura vida que levou, há mais de um ano já tinha aceitado o fato da chegada da morte e falava sobre isso com naturalidade.

Prestativa, mantinha sempre um quartinho na casa dela para abrigar familiares e amigos que precisasse. Amava ter alguém para conversar e, se deixassem, passava horas conversando (mesmo quando já estava enferma, embora, nesse caso, com mais dificuldade.

Dona Angelita, como era mais conhecida na comunidade, chegou a participar de um workshop tendo como tema: ‘A importância dos pioneiros’, visitou escolas contando suas vivências, deu entrevista ao vivo na Rádio Alvorada e na Rede TV / SGC.


J Nogueira/PortalSGC

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