Porto Velho (RO), 14 de
Novembro de 2025 - 14:36:48
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Aos 11 anos de idade, a vida de Juliana Munioz mudou com o diagnóstico de diabetes, uma condição rara em crianças naquela época. Com a descoberta, veio uma nova rotina de medicamentos, alimentação controlada e aplicação de insulina. Ela relata que, por ser criança, não entendeu a complexidade da doença, e que a dificuldade veio com o tempo e o peso da responsabilidade.
Hoje, Juliana atua como defensora dos direitos dos pacientes. Ela critica a falta de políticas públicas e o atraso no acesso a medicamentos mais modernos em Rondônia. Enquanto outros estados oferecem tecnologia, os pacientes no estado dependem de ações judiciais para conseguir itens essenciais, como o sensor de glicose que ela usa no braço.
O controle do diabetes vai além da insulina. O acompanhamento com uma equipe multidisciplinar é fundamental. A fisioterapeuta pélvica Paloma França explica que os exercícios físicos são grandes aliados no controle da glicemia, mas alerta para uma complicação grave: a neuropatia diabética.
A neuropatia afeta a sensibilidade, especialmente nas extremidades, e pode atingir órgãos internos, como a bexiga. A pessoa perde a sensibilidade e para de sentir vontade de urinar, o que exige uma reprogramação completa do organismo. A fisioterapeuta também alerta que a neuropatia pode afetar a sexualidade, tanto em homens quanto em mulheres, aspecto que também é tratado na terapia.
A data simboliza a luta de milhares de pessoas como Juliana - uma batalha diária por saúde, qualidade de vida e pelo direito a um tratamento digno e atualizado. A prevenção e o diagnóstico precoce são as melhores armas contra o diabetes. Manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas regularmente e fazer check-ups médicos são cuidados essenciais.
Natália Figueiredo - Portal SGC
