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Em Porto Velho, já tem candidato fazendo de tudo para se dar bem na eleição de outubro

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De quem é a culpa?

"Se a miséria de nossos pobres não é causada pelas leis da natureza, mas por nossas instituições, grande é a nossa culpa", dizia o naturalista britânico Charles Darwin. Considerando que as tragédias causadas por fenômenos climáticos extremos trazem mais miséria, pode-se argumentar que ela decorre das leis da natureza, pois as "surpresas" climáticas, expressão cunhada pelo climatologista Stephen Schneider, derivam das leis naturais.

Cabe às instituições providenciar soluções para surpresas, intermitências e fenômenos sazonais para que a miséria dos nossos pobres não piore. A repetição da frequência das "surpresas" tira delas o fator ocasional e obriga as instituições a forjar políticas, mecanismos e estruturas convenientes para uma resposta adequada. Nossa culpa, nesse caso, está em não exigir das instituições que cumpram suas obrigações.

O que tira dos fenômenos trágicos recentes seu rótulo de surpresa ou acaso é a certeza científica de que o aquecimento global não é um castigo dos deuses, mas uma criação rigorosamente humana, daí sua designação como "aquecimento global antropogênico". A ONU determinou que até 2030 as emissões antropogênicas globais de gases de efeito estufa precisam diminuir em 73% em relação a 2023 e 84% até 2050. A surpresa, caso isso não ocorra, será uma destruição tão grande que poderá não sobrar muita gente para levar a culpa.

Tem a preferencia

Os candidatos da oposição em Porto Velho admitem intramuros clara preferência pelo enfrentamento numa eleição no segundo turno com Mariana Carvalho (União Brasil). Acreditam que neste confronto, a oposição leva a melhor diante da rejeição da candidata governista perante os evangélicos e eleitorado conservador, pelo racha (esta tese não se confirmou nos últimos dias) entre as forças governistas, na desunião da sua coalizão, e segundo suas enquetes, um bom pedaço dos "hildistas" não acompanham ela no seu apoio a Mariana. Além disto, governadoraveis não teriam interesse na vitória de Mariana o que viria fortalecer os projetos futuros do prefeito Hildon Chaves.

Nossos indicativos

Embora Porto Velho tenha avançado muito nas últimas duas administrações e o prefeito Hildon seja o rei do asfalto e da regularização fundiária e tenha uma gestão bem ajustada, tratando bem a urbanização e mobilidade urbana, esteja longe de escândalos tão frequentes nas gestões municipais, os indicativos de água, esgoto, alagações, da saúde pública, a segurança que poderia melhorar com uma guarda municipal auxiliando o estado, são sofríveis. Mesmo com isto, Hildão deixará um grande legado por aqui e merece voos mais altos no cenário político rondoniense em 2026. A capital seguramente fechará com ele para o CPA.

Via Direta

*** Os empresários do ramo de transportes, com balsas de soja, combustíveis, hortigranjeiros, na hidrovia do Rio Madeira estão criando uma taxa de água para o transporte de mercadorias em balsas e embarcações comerciais para Manaus *** Uma situação que poderá encarecer ainda mais os produtos nesta dramática estiagem na região ***Autoridades amazonenses se insurgiram contra a tarifa e estão entrando na justiça para reverter a pendenga *** Em Rondônia a seca dos infernos já atinge 18 municípios e até na capital, Porto Velho, a população padece com o abastecimento de água. Uma situação preocupante com o avanço do verão amazônico.

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