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Covid-19: Entre a vigilância necessária e o equilíbrio das ações

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O início de 2025 trouxe consigo um alerta importante para a população de Porto Velho: a covid-19 permanece como uma realidade que exige atenção e responsabilidade coletiva. A confirmação de dois óbitos nos primeiros dias do ano e o aumento no número de casos demonstram que a batalha contra o coronavírus está longe de ser considerada vencida. A emissão do primeiro Alerta Epidemiológico do ano pela Secretaria Municipal de Saúde evidencia a seriedade com que as autoridades encaram a situação. Esta postura preventiva e transparente merece reconhecimento, pois permite que a população se mantenha informada e preparada para enfrentar mais um possível ciclo de alta transmissão viral.

É compreensível que, após anos de restrições e medidas rigorosas, exista um natural relaxamento nos cuidados preventivos. No entanto, a atual conjuntura exige um reequilíbrio entre a retomada da normalidade e a manutenção de práticas sanitárias básicas que podem fazer a diferença entre a contenção ou a propagação do vírus. A instabilidade no sistema e-SUS Notifica representa um obstáculo significativo para o monitoramento preciso da situação epidemiológica. Este é um problema que transcende a esfera municipal e demanda atenção urgente das autoridades federais, pois dados confiáveis são fundamentais para o planejamento de ações efetivas de saúde pública.

Merece destaque a estrutura de atendimento mantida pela prefeitura, com testes gratuitos e ampla disponibilidade de vacinas em todas as unidades de saúde. Este aparato demonstra que, mesmo em tempos de aparente normalidade, o poder público mantém-se preparado para responder a novos desafios impostos pela doença. A questão da sazonalidade do vírus, com picos históricos em dezembro e janeiro, deve servir como um lembrete da natureza cíclica das doenças respiratórias. Este conhecimento permite um planejamento mais eficiente das ações de saúde e reforça a importância da vigilância constante.

A vacinação continua sendo nossa principal aliada nesta batalha. O fato de todas as unidades de saúde disponibilizarem o imunizante é um trunfo que não pode ser desperdiçado. A população precisa compreender que a proteção individual através da vacina contribui para a segurança de toda a comunidade. O momento exige um equilíbrio delicado entre alarmismo e negligência. Se por um lado não devemos permitir que o pânico se instale, por outro não podemos ignorar os sinais de alerta que se apresentam. A responsabilidade individual, materializada no uso consciente de máscaras quando necessário e na manutenção da higiene adequada, permanece como pilar fundamental da prevenção.


Diário da Amazônia

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