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1.1- Esgoto em Porto Velho
Se tudo correr como previsto, se os semideuses da política ficarem alinhados, se o Governo Estadual de Rondônia, alguns dos tantos ministérios como o do Jáder, se o Prefeito Leo Moraes continuar focado, nossa capital pode pensar em ter até o fim do ano ainda que de forma precária, o projeto pronto e talvez até o início das obras para o esgotamento sanitário. É esgoto tratado antes de ser lançado no rio Madeira. E não é sonho, as tratativas estão em andamento, há recursos projetos e o marco do saneamento com prazo para ser alcançado. Se Deus quiser nós de Porto Velho sairemos da fossa em todos os sentidos da palavra e a sociedade pode ajudar bastante cobrando das autoridades a execução das obras. A Câmara de Vereadores também pode ajudar em vez de tratar de estacionamento dentro do shopping. Aliás, que ratada essa, o estacionamento do shopping é opcional e como tal é pago. O preço da facilidade é ditado pelo dono e só paga quem usa.
1.2- Débora, 14 anos de vergonha
O baton não inflamável, sem arma, nem tesoura de unha que pudesse arranhar a estátua ou ser usada num ataque, pedido de perdão, nada disso moveu o coração de pedra dos deuses da justiça que viram a estátua - ela sim uma deusa - pichada pela mulher que estava entre os manifestantes do 8/1. Mas foi a frase debochada e que envergonhava seu autor, a desgraça da Débora. Uma frase normalmente usada por bandidos quando surpreendem a vítima e já passei por isso. Aliás só tem noção de seu peso quem viveu a humilhação, terror e medo ao ser subjugado e ficar sem reação ou defesa. Imagino como deve ter sido para aquele brasileiro nos EUA, ser dita por um ministro. Perdeu Mané é o retrato do Brasil ajoelhado e a tradução perfeita da narrativa oficial sobre de um golpe que teria sido tentado no 8/1 e sobre ele, há controvérsias. Perdeu Débora e os Manés para a ditadura da toga. Perdeu Débora para o patrulhamento e deduragem da - dizem - jornalista ou X9 da imprensa de bolso. A frase do Barroso foi coletiva, jamais foi específica para Débora mas para o bolsonarismo que ele disse ter derrotado. Para Débora a prisão por 14 anos. Para nós, vergonha e injustiça por toda vida. Perdeu Brasil!
1.3- O STF e o gênio da lâmpada
O STF no meio do cipoal que criou quer fazer um bem bolado com os gênios Lula, Alcolumbre e Hugo Mota e por fim como fizeram com a Lavajato na ideia da anistia, por saber que se houver anistia como pregam Bolsonaro e seu grupo, a narrativa e desdobramentos irão ao chão com os processos, julgados, sentenças e a estrutura criada pelo STF para compor o cenário do golpe. Tarefa difícil, senão impossível, o bem bolado seria a anistia brazuka com pontos não convergentes como mudar o entendimento da corte e a revisão jurídica de processos julgados e penas em andamento e do outro lado conseguir que a oposição e a sociedade como um todo engulam a narrativa do golpe, dobrando por exemplo Van Hatthem, Nikolas e Sóstenes Cavalcante. Nas mil e uma noites o gênio que saiu da lâmpada retornou pela astúcia do Aladim. O STF quer o gênio fujão de volta como na fábula e não sei como. É certo que o poderoso STF já conseguiu feitos incríveis como a reabilitação política de Lula, mas a vida é real e não uma fábula e nela há limites sobre o poder de fazer, mesmo entre os onze gênios soltos e poderosos do STF.
1.4- Quem irá defender os ladrões de aposentados?
Fazendo as contas dos grandes escritórios de advocacia em São Paulo e Brasília, fico pensando que em razão do inacreditável, fantástico, inimaginável e fenomenal roubo dos velhinhos e velhinhas pensionistas e aposentados do INSS, grandes escritórios de advocacia, daqueles em que os caros advogados e os seus clientes frequentam autoridades em encontros particulares, clubes e residências amigas, já estão mapeando quem vai pegar as causas e quem irá defender quem. A grana é alta e já chega à casa dos BI. Óbvio que não desejo ver ninguém preso. Basta apenas que haja a devolução do butim, o que sei será feito tirando do meu bolso para colocar no outro. Não há razão para prisões, pois já disse Antonio Claudio Mariz, "o crime já aconteceu, o que adianta punir?". Acho que até alguns parentes de ministros, nestes escritórios estarão disputando a loteria enquanto a plebe rude roubada fará a economia girar com a distribuição do butim entre causídicos.
1.5- Engenheiros de volta aos quadros
A Câmara Municipal de Porto Velho aprovou o projeto de iniciativa do Executivo que reintegra engenheiros e arquitetos ao quadro de carreira municipal. Longe de ser apenas favor a uma classe, o município ganha ao disponibilizar profissionais que assim podem ser deslocados e absorvidos em atividades e projetos diversos, sem estarem amarrados a determinada secretaria. A iniciativa é um antigo anseio do CREA e CAU, hoje muito voltados às demandas sociais e às necessidades de fiscalização e execução de obras estruturais, caso da futura obra de saneamento básico por exemplo em que o papel da engenharia da prefeitura pelo novo modelo será um reforço grande, principalmente na fiscalização e correção quando e se ocorrerem. É um gesto pequeno, mas de grande utilidade para o município.
1.6- Último pingo
Que coisa... A seleção meia boca pode usar camisa de qualquer cor ou até jogar sem camisa que não faz diferença. Mas usar a do Bahia, nem pensar. Que coisa...
Léo Ladeia