Daniel Ferreira/Metrópoles
Pesquisa Datafolha divulgada no sábado (13/9) mostra que 54% dos brasileiros são contrários que uma anistia seja aprovada no Congresso Nacional para livrar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da condenação por tentativa de golpe de estado e outros quatro crimes. Outros 39% são favoráveis a uma aprovação do perdão. Os que não souberam opinar somam 4%, e 2% são indiferentes.
O levantamento foi realizado entre 8 e 9 de setembro com 2025 eleitores em 113 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi divulgada no momento em que deputados e senadores da oposição pressionam para que o tema da anistia avance dentro do Legislativo.
Os dados apontam que 61% dos entrevistados é contra qualquer tipo de anistia aos condenados pelos ataques antidemocráticos do 8 de Janeiro. Os que são favoráveis somam 33%. Os que não sabem são 5% e os indiferentes, 1%.
50% são favoráveis a prisão de Bolsonaro
O levantamento do Datafolha mostra que 50% dos brasileiros são favoráveis a prisão de Bolsonaro. Outros 43% são contrários e 7% não souberam responder.
No questionário, 50% avaliam que o ex-presidente será preso e 40% acham que não. Os que não sabem são 10%.
Condenação na Primeira Turma do STF
Na quinta-feira (11/9), a Primeira Turma do STF condenou, por quatro votos a um, Bolsonaro e outro sete réus na ação penal da trama golpista. Foi a primeira vez na história que um ex-presidente foi condenado por tentativa de golpe de estado. A pena fixada foi de 27 anos e 3 meses em regime inicial fechado. No entanto, a execução da pena só deve feita depois do trânsito em julgado do processo.
Além de golpe de estado, Bolsonaro foi condenado por outros quatro crimes: tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, organização criminosa armada, dano qualificado contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Desde 4 de agosto, 0 ex-presidente está em prisão domiciliar por determinação de Moraes. No entanto, a prisão nesse caso se deu por descumprimento de medidas cautelares anteriores, como o uso de redes sociais por meio de terceiros.
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