Roberto Ravagnani
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Se você acha que voluntariado é só sobre fazer o bem, prepare-se para uma revelação digna de virar manchete: ajudar os outros também ajuda você — e muito! Não apenas no coração, mas na carreira. Isso mesmo. Aquele sábado em que você organizou uma campanha de arrecadação de alimentos pode ter sido mais valioso para seu currículo do que aquele curso de Excel que você fez chorando às 23h.
As empresas estão cada vez mais de olho em habilidades que não vêm com certificado, mas que fazem toda a diferença no dia a dia corporativo. E adivinha onde elas são lapidadas com maestria? No voluntariado! Liderança, empatia, criatividade, resiliência, comunicação, gestão de tempo... tudo isso é treinado quando você se envolve em ações sociais. É como uma academia de soft skills — só que sem mensalidade e com muito mais propósito.
Quer um exemplo? Imagine alguém que coordenou uma equipe de voluntários para reformar uma creche. Essa pessoa lidou com logística, motivou gente, resolveu pepinos, negociou com fornecedores e ainda entregou resultado. Isso, meu amigo, é gestão de projetos na veia! E com um bônus: impacto social.
E tem mais! O voluntariado também é um campo fértil para desenvolver inteligência emocional. Você aprende a ouvir, a se colocar no lugar do outro, a lidar com frustrações e a celebrar pequenas vitórias. Tudo isso enquanto pinta muro, distribui sopa ou ensina matemática para crianças. É o tipo de experiência que não cabe num diploma, mas que transborda em maturidade.
E sabe o que é mais incrível? Você não precisa esperar a empresa oferecer um programa de voluntariado corporativo. Pode começar por conta própria, com causas que toquem seu coração. Seja ajudando em um abrigo de animais, organizando doações no seu bairro ou oferecendo seu talento profissional para ONGs — tudo isso conta. E conta muito!
Aliás, cada vez mais recrutadores estão perguntando sobre experiências voluntárias nas entrevistas. Não é só para ver se você é "bonzinho", mas para entender como você age fora do script, como lida com desafios reais e como se conecta com o mundo. Porque, convenhamos, quem sabe mobilizar pessoas para pintar uma escola sabe, sim, liderar uma equipe de vendas.
Então, se você está buscando crescer profissionalmente, talvez o próximo passo não esteja em mais um curso técnico, mas em doar algumas horas do seu tempo. O voluntariado é uma ponte entre o que você é e o que você pode se tornar. E acredite: essa travessia é transformadora.
No fim das contas, ajudar o outro é também se ajudar. É desenvolver habilidades, ampliar horizontes e descobrir talentos que estavam ali, só esperando uma boa causa para despertar. E quem sabe, entre uma ação solidária e outra, você não encontra o propósito que faltava para dar aquele salto na carreira — com leveza, alegria e um sorriso no rosto.
Roberto Ravagnani